Quando me deparo com a indagação “O que é a vida?”, especulo-me se tal questionamento não estaria ancorado ao grande mar de perguntas sem respostas...
De modo subjetivo, qualquer um de nós poderia lançar mão de conceitos e percepções individuais, na tentativa de calar uma pergunta tão antiga e comum como esta, mas, também, tão delicada e, que, às vezes, persiste em nos interrogar.
A subjetividade é um rio de muitos meandros, mediante o qual cada sujeito se vale da total liberdade de pensar o que quiser sobre o que quiser. Mas, um divisor de águas coloca-se bem no cerne dessa questão quando a abordagem da problemática se dá pelo viés da objetividade. Como responder, satisfatoriamente, “O que é vida?”, sob uma perspectiva estritamente objetiva?
Uma pergunta cujos pressupostos nos remetem a sub-perguntas – algumas tão abstratas e repletas de lacunas –, como por exemplo, “Por que viver?” (o que indaga um motivo, uma razão para a vida), ou ainda, “Para que viver?” (o que indaga um propósito, uma finalidade para a vida), está longe de ser respondida de maneira conclusiva, cabal. Logo, subjaz a essa questão, n possibilidades de apreciações, que escapam à luz da objetividade fechada, o que acaba por legar a cada indivíduo o direito de ter suas leituras particulares acerca dessa incógnita.
Vive-se, talvez, para se inventar uma razão e uma finalidade para a vida e, ao longo dessa nossa jornada existencial, já teremos conquistado algo extremamente valioso se reconhecermos que não estamos neste mundo apenas a passeio, que somos apenas turistas perdidos por aqui. Reconhecer-se como um vivente por excelência, já é, por si só, dar passos para travar batalhas contra as crises existenciais, definir uma meta de vida, pautar-se em uma missão.
Cabe-nos lembrar que, embora não tenhamos todas as respostas que gostaríamos de obter para as muitas dúvidas que nos intrigam, não devemos nos flagelar diante dos mistérios da nossa existência. Saber viver, e não apenas “existir”, é uma arte sublime que merece destaque durante toda a nossa transição pela Terra, pois, muito mais interessante que existir, é viver, trafegando pelas rodovias qualitativas da vida, de modo a otimizá-la o máximo possível.
Por Gilson Guimarães, agosto de 2008.

Meu amigo? Você é fantástico! Penso que as pessoas preferem ficar na cerpa torta e pechinchar que os deuses lhes melhorem a vida. Eu ainda estou buscando entender por mim mesma.
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